in English, Portuguese Introdução Há alimentos transgénicos (modificados geneticamente) a serem cultivados, comercializados e consumidos em Portugal. É importante que os médicos se mantenham ao corrente quanto aos impactos de tais alimentos na saúde. Este trabalho propõe-se identificar a opinião, conhecimento e necessidades de formação dos médicos face aos alimentos transgénicos.Material e Métodos Foi aplicado um inquérito a 278 médicos.Resultados Em relação à opinião, 85,8% apresentam uma posição neutra, 12,5 % negativa e uma minoria (1,7%) positiva. No entanto, 79,8% têm um nível de conhecimento baixo, 17,7% médio e 2,5% alto. De referir que 91,4% consideram útil existir algum tipo de formação durante a educação universitária e 65,1% destacaram ser muito útil ao longo da vida profissional a existência de formação continuada sobre esta temática. Emergiram dois perfis de médicos um grupo (83%), interessado em saber mais sobre alimentos transgénicos e outro grupo (17%), desinteressado.Discussão Os médicos são considerados fontes de referência fiável a quem a população opta por recorrer para obter informação sobre saúde, o que sugere a necessidade de se manter um conhecimento suficiente e atualizado sobre este tema.Conclusão Este estudo é pioneiro no que se refere ao posicionamento de médicos portugueses relativamente a estes alimentos. Os resultados apontam para uma necessidade de formação específica.in English, Portuguese Introdução A nutrição não tem sido uma prioridade no programa curricular de muitas escolas médicas e, portanto, os médicos não se sentem devidamente preparados para realizar aconselhamento alimentar. O objetivo deste estudo consiste em determinar o impacto do ensino de Nutrição e Metabolismo nas atitudes e comportamentos, conhecimento e confiança na prática clínica futura dos alunos de medicina. Material e Métodos Todos os estudantes (n = 310) inscritos na unidade curricular (2017/2018) foram convidados a preencher um questionário, no início e no final do semestre, para avaliar os seus hábitos e conhecimentos alimentares. Resultados Inicialmente, os estudantes apresentavam bons hábitos alimentares e um bom conhecimento nutricional. Não obstante, no final do estudo verificou-se que estes parâmetros melhoraram. Mais ainda, após a unidade curricular os estudantes sentiam-se mais confiantes para realizar aconselhamento nutricional. Discussão Após a unidade curricular, a maioria dos estudantes respondeu afirmativamente às questões referentes a atitudes e comportamentos alimentares, sendo que a aquisição de novos conhecimentos pode ser responsável pelo aumento significativo de respostas afirmativas a determinadas questões. Os estudantes sentiram-se capazes de realizar aconselhamento alimentar em diferentes contextos clínicos, mas foram poucos os que reportaram sentir-se fortemente confiantes. Tal pode dever-se ao facto de frequentarem o primeiro ano do mestrado integrado em medicina, ano pré-clínico, sem contacto com a prática médica e com o doente. Conclusão Pode verificar-se que o ensino de Nutrição numa escola médica teve impacto positivo nas atitudes e comportamentos alimentares, conhecimento e perceção de competências para a realização de aconselhamento nutricional.in English, Portuguese Introdução Em São Tomé e Príncipe não há estudos sobre o uso de álcool e drogas na população escolar, potencial aliada em intervenções preventivas. Os objetivos do presente estudo são 1) determinar a frequência do consumo de álcool e drogas na população escolar e 2) identificar as principais características associadas a estes comportamentos. Material e Métodos Foi aplicado um questionário biográfico, demográfico e socioeconómico sobre o uso de substâncias lícitas e ilícitas para uma amostra de 2064 alunos. As características demográficas e sociais apresentadas baseiam-se nas frequências observadas e as comparações entre os grupos foram feitas usando testes de qui-quadrado. https://www.selleckchem.com/products/rg-7112.html A significância foi avaliada em α = 0,05. Resultados Mais de metade dos alunos referiram consumir álcool pelo menos uma vez na vida, e 32% nos últimos 30 dias. Os alunos mais velhos mostraram-se mais propensos a consumir álcool (p less then 0,0001), mas mesmo nos alunos com idade inferior a 16 anos, 17% consumiram nos últimos 30 dias. Constatou-se também que entre todos os alunos, 7% consumiram uma ou mais vezes por semana nos últimos 30 dias. As razões apresentadas para o consumo frequente foram diferentes para os rapazes (“participação no grupo de amigos”) e raparigas (“diminuição da ansiedade”) (p = 0,005). Menos de 1% dos entrevistados admitiram ter usado maconha, cocaína, crack ou ecstasy. Discussão Apesar de algumas limitações, como o auto reporte, publica-se um primeiro diagnóstico de situação mostrando um elevado consumo de álcool pelos jovens e ainda a utilização de drogas ilegais nas escolas. Conclusão É urgente o desenvolvimento de intervenções preventivas, nomeadamente, no âmbito da comunicação em saúde pública.in English, Portuguese Introdução São Tomé e Príncipe é um País Africano de Língua Oficial Portuguesa, de rendimento baixo-médio, onde a extrema pobreza potencia grandes desigualdades em saúde. Pouco se sabe sobre o consumo de álcool e substâncias ilícitas, além dos indicadores de importação e distribuição pela população. Não existem estudos realizados sobre este tema em crianças e adolescentes e são desconhecidas quaisquer medidas preventivas. Além disso, as bases de dados manuais apresentam limitações significativas, perante a inexistência de causas associadas às taxas de mortalidade (0 - 5 anos e > 5), e incapacidade de estabelecer uma relação causa-efeito entre doenças e morte e esperança média de vida. Inexistência de dados relativo às causas de mortalidade nos relatórios do Centro Nacional de Endemias ou nos relatórios da organização não-governamental Instituto Marquês de Valle Flor, entidade facilitadora de cuidados de saúde em especialidades clínicas selecionadas em regime de voluntariado de médicos de hospitais Portugueses.