As áreas sob a curva foram > 0,86. O presente estudo propõe a utilização de pontos de corte mais acurados para diagnóstico de obesidade/GC em idosos, sendo para homens IMC 25kg/m2 e CC de 98,8cm e para mulheres IMC de 26,6kg/m2 e CC de 77,8cm, com melhores níveis de sensibilidade e especificidade.in English, Portuguese O objetivo do presente estudo foi estimar a prevalência de intenção de amamentar (IA) por tempo insuficiente (inferior a 6 meses) ou prolongado (24 meses ou mais) e investigar sua associação com variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais relacionadas à saúde, antecedentes obstétricos e experiência prévia com amamentação entre gestantes. Estudo transversal com gestantes em acompanhamento pré-natal em 17 unidades da Estratégia Saúde da Família, em Colombo (PR). Análises de regressão logística multinomial brutas e ajustadas foram empregadas para identificar associações entre IA e variáveis de exposição. Dentre as gestantes participantes da pesquisa (n = 316), 99,1% relataram IA. O tempo médio de IA foi de 13,5 meses. A IA por tempo insuficiente e prolongado foi referida por 9,8% e 22,0% das gestantes, respectivamente. Apresentaram maiores chances de IA por tempo insuficiente aquelas que não possuíam companheiro (OR 3,23, IC95% 1,31; 7,94), que exerciam trabalho remunerado (OR 5,56, IC95% 2,10; 14,71) e que eram fumantes (OR 7,79, IC95% 2,35; 25,81). A IA prolongada foi mais frequente entre as gestantes com experiência prévia em amamentação prolongada (OR 3,05, IC95% de 1,02; 9,03). Por fim, identifica-se que os fatores associados à IA subsidiam ações voltadas para os grupos vulneráveis com vistas à promoção da prática do aleitamento materno.in English, Portuguese Este artigo descreve a relação de mães enlutadas com a alimentação, com base na fenomenologia existencial, considerando que o espaço familiar alimentar, protagonizado pela matriarca, pode ser perturbado com a perda de um filho. Foram realizadas entrevistas com quinze mães frequentadoras de Organizações Não Governamentais de apoio ao luto, com idade entre 40 e 61 anos. Da análise emergiram quatro eixos temáticos que indicam como a mãe enlutada se comporta no contexto da alimentação a ausência de fome e do prazer em se alimentar; o ato de compartilhar refeições versus o luto materno; o confronto com a “cadeira vazia”; reações e sentimentos diante da culinária que simboliza a memória do filho. A influência que o luto exerce na relação das mães com a alimentação foi evidenciada de diversas maneiras, seja na ausência de fome, na alteração do peso e na falta do(a) filho(a) nas interações sociais durante as refeições compartilhadas, representando os desafios da mãe perante uma “mesa que encolheu”, exigindo das mesmas novas significações frente à alimentação. Compreende-se que a relação da enlutada com a alimentação é permeada de conflitos que a expõe a risco de desvios nutricionais e demanda apoio com profissionais sensíveis e esclarecidos sobre essa condição.in English, Portuguese No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) estimaram 27,0 milhões de pessoas (18,5%) que referiram Problema Crônico de Coluna (PCC), afetando mais mulheres que homens. Este trabalho tem o objetivo de identificar, entre as mulheres em idade fértil, os fatores associados ao PCC. Trata-se de um estudo transversal realizado com dados da PNS, em que a variável dependente foi a prevalência de PCC, enquanto que os fatores associados incluíram itens sociodemográficos, hábitos de vida, histórico reprodutivo, estado nutricional, diagnóstico de depressão e percepção de saúde. Foram avaliadas 22.621 mulheres com idade entre 18 e 49 anos e, destas, 14,8% referiram ter PCC. Os fatores de risco estudados foram aumento da faixa etária; viver com cônjuge/companheiro; multiparidade; ser tabagista; sobrepeso ou obesidade, ter Circunferência da Cintura (CC) acima de 80cm e índice Circunferência/Estatura (C/E) acima de 0,5; autopercepção de saúde negativa; e diagnóstico de depressão. O único fator de proteção encontrado foi escolaridade. As associações observadas concluem que idade, viver com cônjuge/companheiro, tabagismo, multiparidade, sobrepeso e obesidade, risco aumentado para doenças cardiovasculares, diagnóstico de depressão e autopercepção de saúde negativa estão associados ao desenvolvimento de PCC em mulheres de idade fértil.in English, Portuguese Objetivou-se analisar a associação entre fatores sociodemográficos, programáticos e contextuais e ter recebido dinheiro em troca de sexo entre homens que fazem sexo com homens (HSH). Estudo multicêntrico, transversal, realizado em 10 cidades brasileiras, entre 2008 e 2009. Foram entrevistados 3.749 HSH selecionados pela técnica amostral “Respondent Driven-Sampling” (RDS). https://www.selleckchem.com/products/h-1152-dihydrochloride.html “Odds Ratio” ponderado (ORp) foi obtido por meio de regressão logística, permanecendo no modelo final as variáveis associadas ao evento (p less then 0,05). Da amostra total, 33,3% relataram ter recebido dinheiro em troca de sexo nos últimos 12 meses anteriores à entrevista. As variáveis associadas com o evento foram ter idade ≤ 25 anos, menor nível de escolaridade, classes sociais mais baixas, história prévia de infecção por sífilis, utilizar locais de encontros para ter parceiros sexuais, ter comportamento de risco para HIV muito alto e usar drogas ilícitas, se autoidentificarem como heterossexual ou bissexual, ter sofrido violência física devido à orientação sexual e apresentar ideação suicida sempre ou na maioria das vezes. Observa-se que os HSH que receberam dinheiro em troca de sexo apresentaram maior vulnerabilidade socioeconômica, programática e contextual, potencialmente aumentando o risco de infecção pelo HIV em relação aos demais HSH.in English, Portuguese O objetivo deste artigo é identificar fatores associados aos comportamentos alimentares de risco à saúde entre motoristas de caminhão. Trata-se de um estudo transversal realizado com motoristas de caminhão entrevistados no Porto de Paranaguá. Foram obtidas informações sobre o consumo de frutas, verduras e legumes, salgados fritos, bebidas açucaradas industrializadas e doces, e retirada de gordura visível de carne vermelha e da pele de carne de frango. Modelos hierarquizados foram construídos para identificar fatores associados aos comportamentos alimentares de risco à saúde. Dos entrevistados (n = 670), 53,1% apresentaram quatro ou mais comportamentos alimentares de risco à saúde. Tal condição associou-se com idade inferior a 40 anos (RP = 1,49; IC95% = 1,28-1,73), capacidade para exercer a profissão referida como moderada/baixa/muito baixa (RP 1,28; IC 95% 1,08-1,52), não praticar atividade física no tempo livre (RP = 1,66; IC95% = 1,38-2,00), qualidade da alimentação referida como ruim/muito ruim (RP = 1,25; IC95% = 1,05-1,49) e índice de massa corporal (IMC) less then 25 Kg/m2 (RP = 1,22; IC95% = 1,05-1,43).